São Paulo (SP) – A Regata Volta à Ilha será a atração do primeiro fim de semana da etapa decisiva da Copa Mitsubishi – Circuito Ilhabela de Vela Oceânica, neste sábado (20/11). Devido à exigente logística para se correr a prova de aproximadamente 45 milhas (cerca de 80 km) e ao desgaste das tripulações permanecerem em competição por mais de dez horas, será a única regata do fim de semana (20 e 21/11).
As demais provas que decidem a temporada ficarão para o segundo fim de semana (27 e 28/11), quando também será feita a premiação da Regata Volta à Ilha, em homenagem ao velejador e ambientalista neozelandês Sir Peter Blake, presente no Yacht Club Ilhabela na primeira edição da prova, em 2000. Após as regatas haverá canoa de cerveja e na noite de sábado (27) será oferecido jantar de confraternização às tripulações, além do show musical da George Moon Band.
O comandante do Caballo Loco, Mauro Dottori, destacou a superação da vela em 2021. “Apesar das restrições, o ano está sendo muito bom para a vela. Estamos com força. Conseguimos realizar a Semana de Vela e outra série de regatas em Ilhabela e Ubatuba. Na Classe C30 especificamente, estamos travando uma disputa intensa com o Kaikias pela Copa Mitsubishi, o que é bastante saudável para a vela. Eles são nossos amigos e velejam muito bem. Tem sido muito legal também, vermos o estreante na C30, Kairós, crescendo na raia a cada regata”.
O Caballo Loco é o atual campeão e lidera o circuito com apenas dois pontos de vantagem sobre o Kaikias Via Itália. “Estamos bem preparados para a Volta à Ilha. Neste ano o desafio será ainda maior porque o contorno será completo, com largada e chegada em frente ao Yacht Club Ilhabela. Claro que vai depender do vento, mas estimo nove ou dez horas de regata. As principais exigências são a condição física e o entrosamento da equipe”.
Vento em todas as direções - O timoneiro do Kaikias Via Itália, Beto de Jesus, natural de Ilhabela, alerta para os cuidados especiais para correr uma regata de longa distância. “É necessário uma estratégia bem traçada e conhecimento do percurso para se buscar o objetivo. Contornar a ilha, significa velejar com ventos em todas as direções. É preciso estudar as pressões para se definir o posicionamento do barco mais próximo da ilha para se aproveitar o terral, por exemplo, ou mais distante da costa”.
Ao contrário das regatas barla-sota, entre duas boias, em uma prova de percurso, as tripulações precisam adotar outra postura. “Uma regata como a Volta à Ilha, impede que se marque os adversários, até porque todos vão largar juntos e, em seguida, cada um seguirá o seu rumo. Velejar contra o Caballo Loco para nós significa um aprendizado, mas nós queremos ser campeões”, afirmou Beto de Jesus com diplomacia e otimismo. O Kaikias Via Itália foi campeão do Circuito Ilhabela em 2019.
Estreante na Classe C30 nesta temporada, o comandante Alessandro Penido conduzirá o Kairós em sua primeira Volta à Ilha. “Será um novo desafio para a equipe. Serão aproximadamente 50 milhas náuticas com expectativa de mais de oito horas de regata. A meteorologia aponta para um vento sul de até dez nós” (cerca de 18 km/h).
“Os preparativos para este tipo de prova envolvem preocupações adicionais como, navegação noturna, estar em mar aberto e buscar desempenho máximo por um período longo. Mas a tripulação está muito animada, torcendo por bons ventos e muita diversão”, é o que espera Penido, assim como outras 30 tripulações que devem dar a Volta à Ilhabela.
Ary Pereira Jr - ary70jr@hotmail.com
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