Nassau (BAH) – Disputada desde 2013 em Nassau, a Star Sailors League Finals registrou situação inédita nesta quinta-feira em sua sexta edição. Três barcos do mesmo país ocuparam as três primeiras colocações em uma regata. As duplas, Lars Grael e Samuel Gonçalves, Jorge Zarif e Pedro Trouche, Robert Scheidt e Henry Boening cruzaram, nesta ordem, a linha de chegada na sétima prova em Nassau, a última do dia. Três ou quatro regatas definirão nesta sexta-feira as dez duplas finalistas. Transmissão ao vivo em: finals.starsailors.com a partir de 14h (DF).
Foram três regatas para as 25 duplas no segundo dia de competição, com mais uma vitória brasileira, de Zarif e Touche, e outra francesa. O vento nordeste se manteve constante entre 14 e 16 nós (cerca de 30 km/h). O campeonato ficou equilibrado em suas primeiras posições, com liderança dos norte-americanos Mendelblat e Fatih, que ultrapassaram Scheidt por apenas um ponto na classificação geral após sete regatas. Em dia inspirado, Zarif saltou para o terceiro lugar enquanto Lars é o sétimo.
Pelo quinto ano na SSL Finals, Scheidt vivenciou pela primeira vez uma chegada com brasileiros nos três primeiros lugares. “Foi maravilhoso. Mostra o quanto é elevado nível da Classe Star no Brasil. Se uma dobradinha já é difícil, uma trinca nem se fala. Agora vamos fazer os ajustes para aumentarmos a velocidade no contravento e buscarmos a classificação nesta sexta. Está tudo embolado”, afirmou Scheidt.
Zarif obteve em 2014 sua melhor colocação na SSL Finals, o quarto lugar. Nesta sexta, viveu um dia inspirado ao lado de Troucher. “Tivemos boa velocidade de popa o que nos ajudou a sair de algumas situações complicadas. Gostamos de velejar com ondas, é nossa característica. Quando a flotilha vai comprimindo, suja o vento. É preciso escolher o lado certo para sair do bolo e tivemos sorte. O importante é permanecermos entre os dez”, considerou Zarif.
O representante da Marinha do Brasil, Samuel Gonçalves, tornou-se o primeiro a vencer duas regatas neste ano em Nassau ao lado de Lars Grael. "Não é fácil dominar uma prova de ponta a ponta em uma flotilha com os melhores do mundo. Não acertamos um bordo sequer na primeira regata, melhoramos na segunda e vencemos a terceira. Vamos procurar manter a regularidade nesta sexta, porque está fácil ir para trás na classificação”, alertou Samuca.
Brasil domina a raia - Scheidt e Maguila entraram na primeira regata do dia, a quinta do campeonato, como líderes e mantiveram a tática agressiva que os levou ao segundo lugar, 57 segundos atrás dos franceses Rohart e Ponsot após 52 minutos de prova. Os brasileiros ainda ultrapassaram o barco húngaro na última perna de contravento. Zarif e Trouche saíram da 15ª posição para chegar em quarto lugar. O barco da República Checa teve o mastro quebrado.
A regata seguinte estava reservada para nova vitória brasileira, porém inédita. Scheidt, Lars e Bruno Prada venceram uma prova cada na quarta-feira. Chegou a vez de Zarif e Trouche cruzarem a linha de chegada em primeiro lugar. A dupla assumiu a liderança após montar a boia de popa e se manteve à frente até o fim para chegar 39 segundos à frente do neozelandês Hamish Pepper. Lars foi o nono e Scheidt, o 12º.
Os barcos de Lars e Scheidt velejaram lado a lado após a largada da sétima regata e assim seguiram até a primeira boia de contravento. Na metade do percurso, Mendelblat e Fatih se infiltraram entre os brasileiros. Nos últimos metros, Zarif e Trouche chegaram com velocidade suficiente para surpreender Scheidt e Mendelblat praticamente em cima da linha e conquistar a segunda posição, atrás de Lars e apenas um segundo à frente de Scheidt.
Adrenalina ao vivo - Nos quatro primeiros dias as 25 tripulações correm 11 regatas, todos contra todos, com apenas um descarte. As dez primeiras colocadas permanecem no campeonato para disputar três regatas no dia decisivo: quartas de final, semifinal e final. O líder da fase de classificação vai direto à final. O segundo colocado passa para a semifinal. A cada regata da fase decisiva três barcos são eliminados.
As regatas serão transmitidas ao vivo na Internet com os comentários de especialistas e convidados especiais no estúdio. Na água, a mais recente tecnologia em câmera HD, assim como o Virtual Eye 3D Graphics, proporcionarão uma visualização emocionante, em detalhes, intercalando-se imagens ao vivo com a telemetria animada dos barcos, direto das águas azuis e transparentes da Baía de Montagu.
Quem quiser “velejar” sem sair da poltrona, poderá jogar o Virtual Regatta, vídeo game com a simulação de todas as situações de uma regata. Acesse nosso no site oficial, Facebook, Instagram e Twitter para conferir as informações da SSL Finals 2018 e de outras competições da Star Sailors League:
Os dez primeiros após 4 regatas (um descarte)
1 - Mendelblat/Fatih (EUA): 6+4+1+3+(15)+4+4 = 22 pontos perdidos
2 - Scheidt/Boening (BRA): 1+(17)+3+2+2+12+3 = 23 pp
3 – Zarif/Trouche (BRA): 10+(12)+10+4+4+1+2 = 31 pp
4 – Negri (ITA)/Kleen (ALE): 3+5+5+(20)+7+5+7 = 32 pp
5 – Melleby (NOR)/Revkin (EUA): 11+2+11+6+5+3+(12) = 39 pp
6 – Kusznierewickz/Zycki (POL): 2+11+2+15+(17)+8+10 = 48 pp
7 – Grael/Gonçalves (BRA): 16+1+(19)+8+23+9+1 = 51 pp
8 – Rohart/Ponsot (FRA): 18+(19)+6+8+1+15+6 = 52 pp
9 – Diaz (EUA)/Prada (BRA): 8+7+7+1+(21)+13+18 = 54 pp
10 – Berecz (HUN)/Maier(CHE): 4+16+18+DNF+3+6+9 = 56 pp
14 – Cayard (EUA)/Lopes (BRA): 13+13+14+5+(19)+14+14 = 74 pp
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