São Paulo (SP) – Com a redução na intensidade do vento e as variações na direção, as 23 duplas de 22 países da Star Sailors League Finals tiveram dificuldades para manter a regularidade nas três regatas do terceiro dia de competição. Os atuais campeões mundiais de Star, Bruno Prada e o polonês Mateusz Kusznierewicz chegaram em quarto, segundo e décimo lugares nesta quinta-feira (05) para assumir a liderança com 33 pontos perdidos.
Os líderes abriram dez pontos de vantagem sobre os vice-líderes Percy (GBR) e Ekstrom (SUE). Negri (ITA) e Kleen (ALE) que lideravam, caíram para a terceira colocação. A sexta-feira será um dia decisivo. As três últimas regatas da fase preliminar vão definir os dez finalistas que no sábado decidem o título correndo na sequência, quartas de final, semifinal e final.
“Foi mais um dia intenso, com três regatas, e é muito bom ver novos velejadores andando na frente. Tivemos um dia regular porque a cada regata estamos mais bem entrosados. Amanhã (sexta) vamos fazer o possível para defender a posição nas três regatas que levarão dez duplas para as finais, no sábado”, considerou Prada, referindo-se ao regulamento da SSL Finals. O segundo colocado irá direto à semifinal, livrando-se das quartas, enquanto o primeiro irá diretamente para a regata decisiva.
Nas constantes oscilações entre os barcos, Pedro Troche e Hamish Pepper (NZL) conheceram os dois extremos da flotilha, com dois vigésimos e um primeiro lugar. “Foi um dia ruim para nós. Velejamos mal na primeira e segunda regatas, principalmente na primeira. Tomamos decisões equivocadas e não conseguimos acertar os bordos. Na segunda estávamos entre os dez quando tomamos uma penalidade que até agora não entendi porque”, resignou-se Trouche.
Na terceira regata, a dupla foi para o ataque apostando na previsão do vento. “Deu uma torcida de direção conforme estava previsto. Defendemos o lado direito da raia e controlamos a prova para cruzar a linha em primeiro, o que nos motiva a brigar pelo top ten nesta sexta-feira. Queremos muito entrar nas regatas finais no último dia”, afirmou Trouche. A dupla caiu do sétimo para o 11º lugar.
A briga pelas finais está acirrada na água e equilibrada na pontuação. Apenas dois pontos separam Pepper e Trouche da dupla brasileira Henrique Haddad e Henry Boening, que saltou para a décima posição após um segundo e dois sétimos lugares. O quinto brasileiro em Nassau, Samuel Gonçalves, ocupa a 15ª colocação ao lado do português Bernardo Freitas.
“Foi um baita dia. Mesmo com o vento difícil e muito rondado, mantivemos boas escolhas. Estivemos sempre no lado certo da raia, o que nos permitiu ingressar no grupo dos dez primeiros. As classificações estão variando muito e teremos de estar concentrados amanhã (sexta) porque será o dia do corte. Iremos com tudo”, definiu Boening, o Maguila.
Show da vela ao vivo - Nos quatro primeiros dias as 23 tripulações correm 11 regatas, todos contra todos, com apenas um descarte. As dez primeiras colocadas permanecem no campeonato para disputar três provas no dia decisivo: quartas de final, semifinal e final. O líder da fase de classificação vai direto à final. O segundo colocado passa para a semifinal. A cada regata da fase decisiva três barcos são eliminados, o que garante a adrenalina na água e para quem está assistindo ao vivo.
As regatas são transmitidas ao vivo na Internet com os comentários de especialistas e convidados especiais no estúdio. Na água, a mais recente tecnologia em câmera HD, assim como o Virtual Eye 3D Graphics, proporcionam uma visualização emocionante, em detalhes, intercalando-se imagens ao vivo com a telemetria animada dos barcos, direto das águas cristalinas da Baía de Montagu.
Quem quiser “velejar” sem sair da poltrona, poderá jogar o Virtual Regatta, vídeo game com a simulação de todas as situações de uma regata. Acesse nosso no site oficial, Facebook, Instagram e Twitter para conferir as informações da SSL Finals 2019 e de outras competições da Star Sailors League. A premiação total e de 200 mil dólares.
SSL Finals 2019 após oito regatas (um descarte)
1– Kusznierewicz (POL)/Prada (BRA): 3+12+3+9+2+4+2+10+(OCS)+1 = 46 pp
2 – Negri (ITA) / Kleen (ALE): 1+6+1+2+4+(UFD)+21+11+6+2 = 54 pp
3 - Chiavarini (GBR)/Weise(ALE): 5+10+(DNF)+DNF+3+3+3+6+2+7 = 63 pp
4 – Melleby (NOR) / Revkin (EUA): 2+4+6+8+(15)+9+9+8+14+3 = 63 pp
5 – Cayard / Trinter (EUA): 6+8+4+14+1+8+(17)+14+3+8 = 66 pp
6 – Percy (GBR) / Ekstrom (SUE): 12+2+(18)+1+8+5+13+2+9+21= 70 pp
7 - Hadad / Boening (BRA): 15+14+8+10+(16)+2+7+7+1+10 = 74 pp
8 – Muhonen (FIN) / Kushnir (UCR): 4+9+11+5+5+7+11+13+(16)+9 = 74 pp
9 - Rohart / Ponsot (FRA): (19)+7+2+17+6+10+6+3+11+14 = 76 pp
10 - Doyle/Infelise (EUA): (18)+11+10+4+12+1+12+15+5+13 = 83 pp
11– Pepper (NZL) / Trouche (BRA): 13+1+(DNF)+3+7+20+20+1+20+6 = 91 pp
15 – Freitas (POR) / Gonçalves (BRA) = 111 pp
Equipes da SSL Finals 2019
Timoneiro |
|
Proeiro |
|
|
1 |
Paul Cayard |
USA |
Phil Trinter |
USA |
2 |
Iain Percy |
GBR |
Anders Ekström |
SWE |
3 |
Freddy Lööf |
SWE |
Brian Fatih |
USA |
4 |
Mateusz Kusznierewicz |
POL |
Bruno Prada |
BRA |
5 |
Tonci Stipanovic |
CRO |
Tudor Bilic |
CRO |
6 |
Henrique Haddad |
BRA |
Henry Boening |
BRA |
7 |
Taylor Canfield |
USA |
Arnis Baltins |
USA |
8 |
Ian Williams |
GBR |
Steve Mitchell |
GBR |
9 |
Jeemin Ha |
KOR |
Mark Strube |
USA |
10 |
Lorenzo Chiavarini |
GBR |
Kilian Weise |
GER |
11 |
Mark Holowesko |
BAH |
Christoph Burger |
SUI |
12 |
Oskari Muhonen |
FIN |
Vitalii Kushnir |
UKR |
13 |
Eric Doyle |
USA |
Payson Infelise |
USA |
14 |
Torvar Mirsky |
AUS |
Robert O'Leary |
IRL |
15 |
Xavier Rohart |
FRA |
Pierre-Alexis Ponsot |
FRA |
16 |
Ricardo Fabini |
URU |
Federico Calegari |
ARG |
17 |
Chuny Bermudez |
ESP |
Miguel Fernandez Vasco |
ESP |
18 |
Bernardo Freitas |
POR |
Samuel Gonçalves |
BRA |
19 |
Flavio Favini |
ITA |
Sergio Lambertenghi |
ITA |
20 |
Hamish Pepper |
NZL |
Pedro Trouche |
BRA |
21 |
Diego Negri |
ITA |
Frithjof Kleen |
GER |
22 |
Eivind Melleby |
NOR |
Josh Revkin |
USA |
23 |
George Szabo |
USA |
Edoardo Natucci |
ITA |
Os campeões da SSL Finals
2013 – Robert Scheidt e Bruno Prada (BRA)
2014 – Mark Mendelblat e Brian Fatih (EUA)
2015 – George Szabo (EUA) e Eduardo Natucci (ITA)
2016 – Mark Mendelblat e Brian Fatih (EUA)
2017 – Paul Goodison (GBR) e Frthjof Kleen (ALE)
2018 – Jorge Zarif e Pedro Trouche (BRA)
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